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21 janeiro 2013

Exemplo_Paquimé, Casas Grandes_México

Paquimé, Casas Grandes México
Paquimé, em Casas Grandes, é uma zona arqueológica situada no noroeste do estado de Chihuahua, no México. Este local, nomeado Património da Humanidade pela Unesco em 1998, caracteriza-se pelas suas construcções em terra argilosa e as suas portas em forma de "T".
Paquimé atingiu o seu apogeu nos séculos 14 e 15 e desempenhou um papel-chave no comércio e contactos culturais entre a cultura Pueblo do sudoeste dos Estados Unidos e norte do México e as civilizações mais avançadas da Mesoamérica. Os extensos vestígios arqueológicos , de que apenas parte foram descobertos, são uma clara evidência da vitalidade de uma cultura perfeitamente adaptada ao meio envolvente, mas que de repente se eclipsou durante a época da conquista espanhola.

Descrição histórica
A chamada Cultura Pueblo do sudoeste dos Estados Unidos da América, com uma economia baseada na agricultura, espalhou-se lentamente para sul durante o primeiro milénio dC. No século VIII, no local de Casas Grandes, a noroeste de Chihuahua, foi fundada uma aldeia composta por construções escavadas, por populações Mogollon do Novo México.
Paquimé desenvolveu-se lentamente até meados do século XII, quando passou por uma dramática expansão e alterações culturais.
As construções escavadas foram substituídas por estruturas mais elaboradas, acima do solo, em adobe e com um desenho complexo. A presença de elementos como as plataformas, campos de jogos, um sofisticado sistema de distribuição de água e edifícios de armazenamento especializados para produtos exóticos, como araras e perus, artefactos com conchas, cobre e agave indica influências das civilizações mais avançadas da Mesoamérica. Resiste ainda hoje a incerteza entre os arqueólogos sobre se isso terá representado uma invasão do sul ou uma expansão indígena para lidar com um elevado volume de comércio.Paquimé tornou-se um grande centro de comércio, ligada a um extenso número de pequenos aglomerados em torno dele. Estima-se que a população durante o período de prosperidade, nos séculos 14 e início de 15, com cerca de 10 mil habitantes, tornando-se uma das maiores aglomerações proto-urbanas da Américado norte.
Após a conquista espanhola do México foi imposta à região uma nova estrutura social e económica centrada no modelo europeu, na qual Paquimé não participou. O declínio rápido relatado pelos exploradores espanhóis refere apenas pequenas comunidades agrícolas a noroeste de Chihuahua. A ruptura final surge no final do século 17, quando a colonização espanhola intensiva da área resultou no exodo dos habitantes sobreviventes.



Textos e imagens: Advisory Body Evaluation UNESCO

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito obrigado por escrever isto, era incrivelmente informativo e disse-me uma tonelada