Páginas

13 janeiro 2022

Exemplo_Festival Jardins Efémeros, Viseu, MUD_2015





Festival Jardins Efémeros, Viseu - Portugal, 2015 (Créditos fotografias: MUD Nuno Vasconcelos, 2015)

Artigo_Prescrever revestimentos em reboco para paredes em taipa: critérios e desafios_Luís Pedro Nunes

'Prescrever revestimentos em reboco para paredes em taipa: critérios e desafios
Legado construtivo
Cerca de 30% das construções atualmente existentes a nível mundial integram pelo menos algum componente construído em terra (Angulo-Ibánez et al. 2012).
A construção em terra compactada é realizada recorrendo a diversas técnicas construtivas - onde se inclui a da taipa - usada sobretudo na construção de paredes portantes. O legado construtivo português é maioritariamente construído com recurso a essa técnica e tem presença predominante nas regiões do Alentejo e Algarve (Antunes et al. 2018).
Os revestimentos exteriores aderentes em argamassa são a opção mais comum na arquitetura de terra nacional. A composição desses revestimentos era maioritariamente à base de cal aérea, areia e argila.
Nos dias de hoje, a construção em terra está associada ao conceito de sustentabilidade na construção - uma vez que utiliza recursos que minimizam os gastos energéticos e naturais - o que sustenta um crescente interesse na reabilitação de construções existentes e na construção nova baseada nessa técnica construtiva.

Fragilidades do suporte
As construções em taipa revelam performances bastante positivas ao nível higrotérmico e acústico, conduzindo a um baixo balanço energético no fim do seu ciclo de vida útil; no entanto, apresentam também algumas desvantagens - destaca-se a menor eficácia de comportamento estrutural quando comparada com outras soluções construtivas mais correntes, em particular na sua resposta às solicitações horizontais, como é o caso das resultantes de um sismo (Bui et al. 2011), e a sua suscetibilidade à presença da água (Magalhães et al. 2008; Veiga 2009).
A taipa é caracterizada pela sua elevada suscetibilidade à água: possui uma elevada capacidade de absorção de água, dado que integra parcelas de material de base argilosa; alguns autores obtiveram coeficientes de capilaridade em amostras de taipa a variar entre 2,3 e 6,29 kg/m2.min1/2 (Faria et al. 2012). (...)' 

Luis Pedro Mateus, engenheiro civil, Phd, KAOLIN LDA
Artigo completo na Construção Magazine nº105 set/out 2021, dedicada ao tema 'Construção em Terra'