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03 julho 2012

Habitação em Taipa_Ayerbe_Espanha_PERIFERIA














Em Ayerbe (Pré-Pirinéus de Huesca), Espanha, seguindo a tradição construtiva da região, o gabinete PERIFERIA projectou e construiu esta habitação com recurso a tecnologias de terra crua.
Trata-se de uma habitação com 2 pisos, construídos com paredes autoportantes de terra pisada e palha, pavimentos de madeira e isolamento com lã de ovelha nas coberturas.
A taipa, uma técnica milenar extensamente utilizada na região, consiste na construção de paredes com terra humedecida, neste caso misturada com fibras de palha de cevada. São colocadas duas placas de madeira em paralelo e a mistura é derramada e pisada em camadas.
Neste caso específico aplicou-se um sistema de parede real, com rebocos exteriores em argamassa de cal nas faces interior e exterior, ou seja, o reboco foi executado directamente no interior dos taipais, à medida que a parede ia sendo levantada.
A terra e a palha utilizada é proveniente do local, assim como o cascalho, sendo que a cal vem de Lleida e a madeira utlizada foi trazida de Soria.



A parte da obra já realizada corresponde a cerca de 90% da totalidade da obra, da qual 80% dos materiais são locais (km 0) e os outros 20% vêm de um raio até cerca de 200 km.
A utilização de materiais locais pouco fabricados assegura a redução de emissões de CO2 e a independência energética do exterior em materiais, recuperando sistemas tradicionais de construção, com base na gestão de recursos existentes no meio e reduzindo deste modo os custos da obra.
Por outro lado as paredes em taipa, como todas as tecnologias com terra, resulta perfeitamente adequada ao clima desta região, regulando de modo equilibrado as trocas de vapor de água e de calor entre o interior e o exterior, promovendo o conforto térmico no interior da habitação.
Este factor, juntamente com uma boa gestão da exposição solar (ganhos solares passivos / sombreamento) e um uso consciente por parte dos utilizadores da habitação (uso/manutenção)  permitirá garantir a optimização dos recursos naturais com um baixo esforço tecnológico.


Esta aventura começou em Agosto de 2011 e os 2 pisos de terra batida foram levantados em 30 dias, o desempenho é mais do que competitivo... No entanto, trabalhou-se bastante!
Fotografias e Texto original de Àngels Castellarnau de PERIFERIA .arquitectura y sostenibilidad
ver artigo em PERIFERIAblog aqui
Obrigado Àngels!


















En Ayerbe (prepirineo de Huesca, España), siguiendo la tradición constructiva de la zona, hemos construido una vivienda de tapial. Se trata de una vivienda unifamiliar en dos plantas construida con muros de carga de tierra y paja, forjados de madera y aislamientos de lana de oveja en la cubierta.
El tapial, una técnica milenaria profusamente utilizada en la zona , consiste en levantar muros de tierra húmeda, en este caso mezclada con fibras de paja de cebada. Se colocan dos tableros paralelos de madera y se va vertiendo la mezcla de tierra a tongadas y se va apisonando.
En este caso se ha utilizado el sistema de tapia real, con calicostrados de mortero de cal en las caras interior y exterior, es decir se ha ejecutado el revoco interior y exterior a la vez que se ha levantado la tapia.
La tierra y la paja utilizadas son locales, así como la grava, la cal es de Lérida y la madera es de Soria. La parte de la obra ejecutada corresponde a un 90 % del peso de al obra del cual un 80 % es local (Km 0) y el otro 20 % viene demás cerca de 200 Km.
La utilización de materiales locales poco manufacturados nos asegura la reducción de emisiones de CO2, así como reduce la dependencia material y energética del exterior, recupera los sistemas constructivos tradicionales basados en la gestión de recursos existentes en el medio y permite la reducción de costes de obra.
Además, la tapia, como todos los sistemas de tierra, está perfectamente adaptada al clima de esta zona, regula el intercambio de vapor de agua y calor entre el interior y el exterior y favorece el estado de confort interior de la vivienda.
Esto, sumado a una buena gestión del asoleo (captación solar pasiva/ sombreamiento) y a un uso consciente de los usuarios de la vivienda asegura la optimización de los recursos naturales con una baja carga tecnológica.
Esta aventura empezó en Agosto de 2011, y se levantaron 2 plantas de tapial en 30 días, el rendimiento es más que competitivo... ahora, claro está , trabajamos mucho!

Àngels Castellarnau de PERIFERIA.arquitectura y sostenibilidad













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